domingo, 22 de setembro de 2013

ILUMINAÇÃO PARTE 2 - POR VICTÓRIA ELLEN

          Bom, na minha primeira postagem sobre a iluminação da nossa peça, concentrei a análise nos 30%. Agora veio a  vez dos 70%. Nessa tarefa semanal, o iluminador teve a responsabilidade postar sobre dizer qual é a sensação que quer provocar com a iluminação nas cenas e fazer um desenho de luz das cenas, ou seja, regiões em evidência, com foco ou não. Confiram e aproveitem para conhecer mais.

SENSAÇÃO PROVOCADA COM ILUMINAÇÃO (70% DA PEÇA)

           Os 70% da peça começa com o segundo quadro no segundo ato. Nele, não há muitas mudanças. A cena é na casa de Dr. JB e é utilizado uma geral esquerda e central, não só para iluminar o cenário, mas também é muita gente nesta parte. Há também os focos direito traseiro, pois tem algumas pessoas que estão observando a cena junto com o público e fazer perceber isto, e central frontal, para dar ênfase na angústia da demora sofrida pelo Dr. JB e, posteriormente, no casamento de Ivonete e Dorothy Dalton, uma das partes mais importantes da história. Depois, há uma conversa entre Madame Cri-Cri e Tia Solteirona que parece mais interessante e particular e que é dada atenção com o foco esquerdo frontal. A atençãodo espectador neste instante constroi a personalidade de dois personagens que levam a reflexão, e a iluminação auxilia neste processo. E uma última mudança de luz neste quadro se enquadra numa das partes cômicas, o Dr. Lambreta e, no quadro, vindo para o palco de velocípede de criança com a iluminação do corredor da plateia, para chamar atenção e provocar risadas.
         No terceiro e último ato, acontece as maiores reviravoltas e conclusões das confusões, com isso, quando a iluminção trabalha mais para completa todo um contexto e criando sensações. Começa com uma geral direita e foco direito traseiro, para as pessoas que estavam observando a cena do passado no presente, marcando a troca de tempo. Em seguida, volta ao passado de novo, porém agora com todos os personagens participando. Acende-se uma luz geral esquerda e central para caber todo o cenário e todos os personagens. Contrapondo e dando volume e evidência, utiliza-se os focos central traseiro, na mesa do Dr.JB que vira uma cama improvisada e objeto muito importante da cena, já que esta é sobre a noite de núpcias; esquerdo traseiro e esquerdo frontal, iluminando a mesa de Pardal e dos convidados e esquerdo frontal para preenchimento da atuação dos personagens, para eles transmitirem agonia e impaciência se movimentando muito e dando agitação a cena, onde há diálogos rápidos. Quando Dr. JB chama Pardal para um canto, acende o foco direito frontal, para dar particularidade à cena e ajudar a construir o comportamento e o humor dos personagens. Há uma segunda entrada do Dr. Lambreta vindo num pequeno velocípede, precisando novamente da luz do corredor, grande e espaçosa, como o Dr. Lambreta. A união dos amantes que ocorre também precisa de evidência, por isso, liga o foco central frontal.
          No mesmo ato, acontece uma breve escuridão, para marcar uma passagem de tempo que contem os focos central e esquerda fortes - 100% - para dar sensação de dia, amanhecer; e como luz contra essa, focos esquerdo frontal, central frontal e esquerdo traseiro, para além de dar importância a algumas áreas, conceder mais preenchimento e não deixar só uma luz forte na cara do personagem, ficando feio e sem contorno. Ocorre a última invocação de flashback, mostrando como foi a morte de Dorothy Dalton: primeiro, acende a luz do corredor e o set light, numa "margem" entre o palco e o público e desligando luz do palco, somente deixando um foco - direito traseiro - destacando os personagens que estão somente assistindo aquele flashback; segundo, ocorre a cena, com todas as gerais acesas - direita, central e esquerda - para dar a percepção de dia e ambiente externo; e quando Dorothy Dalton morre as luzes gerais esquerda e direita continuam - em 80% - e a central abaixa - para 40% -, para criar pontos de luz e escuridão, ar de drama, mas não tanto e enfatizar a morte, a qual sem ela não havia este desenrolar de toda a peça. E volta a configuração anterior. Quando o Diabo da Fonseca vai fazer uma ligação, para dar ênfase, a geral esquerda vai abaixando, enquanto a geral central e o foco central frontal aumentam, além de colocar uma luz forte em cima do personagem, dando uma sombra diferente e separando do grupo para conversar ao telefone. E em seguida volta a iluminação de antes. No final, o Diabo da Fonseca traz de volta o falecido marido e para isso e proporcionar um ar de mágica e humor, é separado dois focos: o direito frontal - onde o Diabo fica - e central traseiro - o Dorothy reaparece -, ao mesmo tempo em que as gerais central e esquerda baixam, até ficarem em segundo plano com 30% de incidência. O foco acompanha o marido para completar o andamento do "milagre", abaixando o foco central traseiro e acendendo o foco central frontal. Quando todos os personagens saem e resta somente o Diabo, Ivonete e Dorothy, as gerais voltam a ser em 30% e os focos - central frontal e direito frontal - ficam em primeiro plano para dar mais emoção ao desfecho e a fala do Diabo junto com a atitude de Dorothy e Ivonete com a situção. E quando o Diabo da Fonseca consegue o que quer - Ivonete - fica só um foco neles, central frontal, para sentir "romance" e o fim dessa complicação toda.

DESENHO DE LUZ DAS CENAS


1º DESENHO

 Segundo quadro do segundo ato: geral esquerda e central, com foco direito traseiro e foco central frontal.

2º DESENHO

Segundo quadro do segundo ato: geral esquerda e central, foco central frontal, foco direito traseiro e foco esquerdo frontal (conversa entre Madame Cri-Cri e Tia Solteirona).
 
3º DESENHO

Segundo quadro do segundo ato: entrada e saída de Dr. Lambreta com utilização da luz do corredor da plateia.
 
4º DESENHO

Começo do terceiro ato: volta a conversa do presente. Geral direita e foco direito traseiro.
 
5º DESENHO

Terceiro ato no passado (noite de núpcias): geral esquerda e central, focos central traseiro, esquerdo traseiro e esquerdo frontal.
 
6º DESENHO

Conversa entre Dr. JB e Pardal, foco esquerdo frontal apaga e foco direito frontal acende - terceiro ato.
 
7º DESENHO

Segunda entrada de Dr. Lambreta no terceiro ato: acende-se luz do corredor.
  
8º DESENHO

União dos amantes - terceiro ato: acende-se foco central frontal.
 
9º DESENHO

Segunda parte do terceiro ato - após breve escuridão: geral central e esquerda, focos esquerdo traseiro, esquerdo frontal e central frontal.

10º DESENHO
 

 Invocação do flashback do terceiro ato - morte de Dorothy Dalton: luz do corredor e set lights numa pequena margem entre o palco e o público, apaga-se a luz do palco, restando apenas o foco direito traseiro (personagens observando).
       
11º DESENHO

Continuação do flashback do terceiro ato: geral esquerda, central e direita com 80% e foco direito traseiro fraco.

12º DESENHO

Conclusão do flashback: geral central diminui para 40%.

13º DESENHO

Após acabar o flashbach e voltar a iluminação anterior, a cena em o Diabo da Fonseca fala no telefone a geral esquerda abaixa e o foco central frontal aumenta.

14º DESENHO

Mágica do Diabo da Fonseca trazendo de volta Dorothy Dalton no terceiro ato: geral central e esquerda abaixam para 30% e focos direito frontal e central traseiro.

15º DESENHO

Foco acompanhando Dorothy: apaga foco central traseiro e acende foco central frontal.

16º DESENHO

Última fala do terceiro ato, somente Ivonete e Diabo da Fonseca no palco: geral esquerda e central em 30% e foco central frontal forte.   


Fonte 2D: http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/lablux/lablux.swf

 

MAQUIAGEM DE ENVELHECIMENTO

 Feita por Rafaela Araújo em Willian Nascimento.


DESENHO DO FIGURINO VIÚVA, PORÉM HONESTA - POR RAFAELA ARAÚJO


Desenho do Figurino criado por nossa componente Rafaela Araújo que para as tarefas de divulgação do blog e análise escreveu o texto a seguir (100% do espetáculo).




Ivonete Adulta


Ivonete Criança

Madame Cri Cri

Neide 

Tia Solteirona

Tia Assembleia

Dr. Lambreta

Dr. Lupicínio

Dorothy Dalton - Presidiário da FEBEM

Dorothy Dalton - Crítico de Teatro

Homem dos Sonhos

Padre

Enfermeiro 01

Enfermeiro 02

Ladrão

Pardal

Dr. JB


 
Diabo da Fonseca




FIGURINO VIÚVA, PORÉM HONESTA - POR RAFAELA ARAÚJO




Figurino criado por nossa componente Rafaela Araújo que para as tarefas de divulgação do blog e análise escreveu o texto a seguir (100% do espetáculo).




Os atores da peça teatral Viúva, porem Honesta, segue uma linha estética de criação do figurino realista, ou seja, o sentido real e a palheta de 5 tons para o figurino são: Branco, preto, vermelho, marrom e .
Obs: todos os personagens apresentaram uma peça vermelha em seu figurino para haver uma sintonia entre eles.


 Ivonete
Adulta: Usa um vestido colado preto acompanhado de um véu rendado preto em volta da cabeça com a intenção de representar que ela estava no enterro de seu marido. E também, utiliza um salto alto.

Criança: Utiliza peças de roupas estilo colegial com a intenção de representá-la mais nova, que seria uma saia rodada preta com branco, uma blusa branca folgada e um casaquinho bege. Seu calçado é um sapatinho baixo vermelho que acompanha uma meia preta. Alem de que utiliza  uma tiara vermelha para dar uma idéia melhor de criança.

Ivonete Adulta
Ivonete Criança

   Madame Cri-Cri
Por ser uma meretriz experiente, suas roupas são  coladas e curtas, e escolhidas em tons provocantes, que seriam o vermelho e preto em sua predominância, para seduzir. Usa um corsele preto, uma saia vermelha, um lenço em estampa de onça e uma meia calça preta. Seu calçado. Além de ela ter um leque que ela utiliza o tempo todo justamente por ter um calor dentro de si.

Dr. Lupicínio
Por ser um psicanalista respeitado e sofisticado, utiliza um terno, que servira também para sua curiosidade devido estar sempre com um bloco de anotações consigo. Há presença de tons cinzas em sua roupa. Além de que é um homem experiente, então utiliza-se uma maquiagem de envelhecimento.

 Dr. Lambreta
Ele encontra-se com calça, sapato e bata brancas que representam a imagem de um médico e uma blusa listrada vermelha com branco para dar a entender que ele não é um medico normal. E a isso vem acompanhado uma maquiagem de envelhecimento para indicar o quão experiente ele é nesse ramo. Principalmente por ele apresentar característica de ser corcunda.


Tias Assembléia e Solteirona
Por serem mulheres honestas e recatadas, procuram sempre esconder seu corpo com as roupas muito compostas, que seriam, por exemplo, saias até os joelhos e blusas folgadas que não hajam decote. Além de apresentar cores menos chamativas, no caso o marrom, que indicam a timidez delas. Utilizam como símbolo de honestidade, o terço. E também há o uso da maquiagem de envelhecimento nelas.
Tia Assembléia
Tia Solteirona
 
  Dorothy Dalton
Devido ele sair da FEBEM, as roupas que ele veste são todas cinzas e com características de sujas. Mas, ao decorrer da peça, devido ao fato de se tornar um crítico de teatro, seu figurino sofre umas drástica transformação: passando de roupas sujas, paras roupas formais que vão realçando os traços de sua personalidade, assim utiliza um terno preto, uma camisa vermelha, uma calça jeans, um cachecol bege, e um óculos branco de forma que mostre que ele tem estilo.

Presidiário da FEBEM
Crítico de Teatro
Enfermeiros
Se vestem com roupas brancas com o intuito de representar a imagem do âmbito que atua. Mas também há a presença de algumas peças vermelhas para dar a entender que não são enfermeiros normais.     


Pardal
É o assistente de Dr. JB, um ser superior, e por isso deve se apresentar de forma adequada mas que mostre a sua simplicidade. Assim, usa roupas sociais simples e em tons branco e preto que mostra justamente esse contraste entre a simplicidade e a subordinação. Além de usar uma boina vermelha que é um acessório que ele gosta muito, contudo o Dr. JB a detesta.

Homem do Sonho
Homem bastante sedutor que utiliza uma camisa social toda aberta e uma calça social preta que fica até metade da batata com o intuito de deixar a mostra os seus músculos. 

Diabo da Fonseca
Usa roupas com predominância do branco, devido ser uma cor que se associa a poder, que induz a sensação de elegância e sobriedade, nas quais seriam uma calça branca, um paletó branco, e uma camisa vermelha. E como caracterização do personagem, utiliza esparadrapo na testa com o intuito de esconder os chifres.

Neide
Por ser uma empregada de um homem poderoso, ela utiliza um espécie de uniforme que seria uma saia cinza, com um avental branco, uma blusa vermelha e uma tiara branca. Está sempre com uma bandeja prata e um espanador vermelho.

 Dr. JB
É um homem bastante poderoso por ser dono de um jornal, mas também é grosso e está sempre agoniado e estressado com tudo, por isso sua roupa é desajeita e apresenta tons mais escuros com o intuito de demonstrar preocupação e agitação. Utiliza uma camisa social cinza, uma gravata vermelha e uma calça preta. Há também o uso da maquiagem de envelhecimento.

 Padre
 Ele usa uma bata com as mangas até o cotovelo e que bate no meio da canela com a tonalidade branca com o intuito de dar uma sensação santidade e com uma faixa vermelha que vai do pescoço até os pés. Há a presença de um terço em seu pescoço e ele estará acompanhado de uma bíblia e uma cruz de madeira pequena.

 Ladrãos
Se vestem com regatas e shorts simples para caracterizar que são pessoas de classe pobre. Além de ter a presença de boinas e óculos para esconder sua identidade.

Vendedor de Cerveja
Ele se veste com uma camisa de futebol, um short simples, e utiliza uma pochete. Acompanha-se um carrinho de mão que tem cervejas dentro dele.